BANDA LARGA APLICADA À REMUNERAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE TI
É interessante notar como conceitos anteriores, em algum instante, voltam a ser revisitados. Estamos falando da banda larga, uma estrutura que consolida grande número de salários em poucas e amplas faixas salariais, com 100% ou mais de amplitude entre os pontos mínimo e máximo.
O apelo não é difícil de entender. Menos salários com faixas salariais mais amplas, sugerem menor estrutura, menos burocracia e mais flexibilidade. Em teoria isso é verdade. Na prática, porém, pode ser mais complicado.
No modelo de banda larga, por exemplo, um engenheiro de sistemas pode encontrar-se liderando projetos, e em um mês atuando como trainee em um novo desafio. Não têm corte salarial, mas adquire novas habilidades. A banda larga, que está voltando a conquistar corações e mentes na área de tecnologia, permite a flexibilidade de um colaborador trabalhar em vários projetos, que ampliarão habilidades técnicas e gerenciais.
Ela surge como uma opção para os sistemas mais tradicionais de definição dos salários, sobretudo em empresas de tecnologia. Hoje, nas estruturas atuais, para os colaboradores ganharem mais, as organizações distribuem promoções ou forçam especialistas a mudar para as áreas de gestão.
O RH utiliza fórmulas complexas para calcular salários e determinar o nível para os novos entrantes. Como as empresas temem pagar demais pesquisam, regularmente, o mercado para garantir que ninguém receba muito mais.
Esses sistemas podem não ser mais adequados à TI de hoje. As responsabilidades do trabalho e a contrapartida em remuneração precisam correlacionar-se mais com o conhecimento adquirido e a experiência dos colaboradores.
O resultado é que o colaborador pode percorrer várias áreas continuando a ganhar mais, sem necessidade de deslocar-se verticalmente, através de promoções. O movimento horizontal representa uma maneira importante de impulsionar a carreira e incentivar o aprendizado.
Embora, hoje, o resultado financeiro seja a medida de sucesso, os líderes de TI devem enfrentar um objetivo igualmente importante: estimular a aquisição de habilidades e competências de seus colaboradores.
By José Fernando Nassif, CEO da GAIDE Conhecimento e Trabalho.
Leave a Comment