AS ESTRUTURAS DE REMUNERAÇÃO ESTÃO EVOLUINDO PARA TER MAIOR AGILIDADE?
Uma forte estrutura salarial é um componente fundamental no plano de remuneração de uma organização. Ela fornece uma forma eficaz de gerenciar o pagamento dos colaboradores e contribui para assegurar que os níveis salariais dos cargos sejam competitivos, externamente, e equitativos internamente. Mas quando uma estrutura sai de sintonia com o mercado de trabalho, a empresa pode descobrir que paga demais aos colaboradores, com impactos nos custos operacionais, ou paga pouco e enfrenta problemas para atrair e reter os melhores profissionais.
Quando as equipes de remuneração e recursos humanos projetam uma estrutura salarial, geralmente, elas criam níveis (salários baseados em faixas ou graded based ranges ). Os níveis oferecem um ambiente estável para dar sentido à importância relativa dos cargos e fornece comparações, para enquadramento, quando não há dados de mercado disponíveis.
Atualmente, muitas organizações estão incorporando à sua política salarial outras formas de remuneração. Uma delas é a de salários baseados no trabalho – job based ranges. Nesse caso, os cargos têm os seus valores definidos com base, somente, nas informações obtidas no mercado (market price).
Para uma melhor demonstração, quando uma metodologia de avaliação de cargos (sistema de pontos) é usada, os cargos são agrupados de acordo com os resultados (p.ex. total de pontos). Se a empresa tem uma estrutura com 15 faixas salariais e 100 cargos distintos, com a abordagem de intervalos baseados em faixas, cada um dos cargos será distribuído ao longo dessas 15 faixas. Com intervalos baseados no trabalho, não há agrupamento. Cada cargo tem sua própria faixa salarial, que reflete o valor de mercado. Assim, a empresa que possui 100 cargos distintos também terá 100 faixas salariais distintas.
Esse movimento em direção aos intervalos baseados no trabalho é impulsionado pelo ambiente competitivo e volátil dos dias de hoje. As estruturas de faixas adicionam camada sobre camada ao processo decisório, dificultando, muitas vezes, a realização de mudanças salariais mais ágeis, sobretudo no processo de atração de profissionais. Por outro lado, podem parecer injustas aos colaboradores.
Em um momento em que as preocupações sobre contratação, retenção e equidade salarial são altos, os líderes de negócios e recursos humanos passam a perceber que adotar uma estratégia de remuneração que enfatiza a agilidade, flexibilidade e transparência, pode ser a chave para criar um local de trabalho vencedor.
José Fernando Nassif – CEO da GAIDE Conhecimento e Trabalho
e-mail: fernando@gaidegestão.com.br / whatsapp: 11 99906-6254
Leave a Comment