Conheça, um pouco mais, sobre a evolução dos sistemas de carreiras.
Neste post iremos conversar sobre o conceito de carreira e as transformações sociais que impactaram na configuração de novas abordagens para o tema, como as representadas pelas Carreira em Y e Carreira em W.
Ao longo do tempo, as definições de carreira sempre fizeram analogia com os degraus de uma escada. Ou seja, o crescimento era linear e ascendente, dentro de uma opção profissional inicial (por exemplo, na área de Marketing ou Recursos Humanos). A evolução acontecia dentro das funções de uma determinada área, iniciando como auxiliar e caminhando para os cargos de coordenação e gestão.
Entretanto, nos últimos anos, têm surgido significativas mudanças que ocasionaram a ampliação do conceito de carreira. O acirramento da competição entre as empresas, o aumento da cobrança por qualificação profissional e resultados organizacionais, e a busca por maior eficácia e produtividade são fatores que resultaram em novas formas de pactuação do contrato de trabalho entre empresa e empregado, com reflexos na construção de modelos emergentes de carreiras.
Dentro desse cenário, a Carreira em Y abriu a possibilidade de trilhas paralelas de carreiras, podendo o profissional, em um determinado momento, escolher entre ocupar um cargo gerencial ou manter-se como especialista de um determinado assunto ou área, sem prejuízo de sua evolução salarial e de seu status organizacional, trazendo benefícios para ele e empresa.
O Modelo em Y, por muito tempo, supriu as necessidades das organizações que o adotaram. Porém, devido a novas complexidades do trabalho e a multidisciplinaridade de muitos profissionais, surgiu o conceito de Carreira em W. Ela, nada mais é do que a junção de dois YY.
Tem como objetivo fazer com que o profissional lidere, mas consiga manter, paralelamente, suas especialidades. Isso quer dizer que um técnico não precisa deixar de colocar a mão na massa para se tornar, também, um líder. Leva, ainda, em consideração a necessidade dos profissionais terem uma visão sistêmica do negócio, evitando entendimentos compartimentados da organização, o que muitas vezes compromete julgamentos e decisões.
Um exemplo é quando um profissional que trabalhou a vida toda na área de Marketing, não entende porque a empresa não pode destinar mais verba ao seu setor. Falta a visão financeira e de gestão empresarial.
Uma carreira que vem se adaptando com sucesso ao conceito de Carreira em W é a de gerenciamento de projetos, onde os profissionais têm que ter acesso a um amplo espectro de conhecimentos para gerir as diversas nuances de um projeto.
Se, então, a maioria das empresas está estruturada segundo a hierarquia vertical, porque seria interessante apostar em uma Carreira em W? A resposta é que as empresas mais inovadoras estão migrando para um modelo horizontal, onde as pessoas trabalham por projetos e em colaboração contínua.
A Carreira em W abre espaço para que os profissionais aprendam e aproveitem novas oportunidades. Exemplificando, não é porque alguém começou a carreira como analista financeiro que terá que permanecer nesta trajetória o restante de sua vida profissional. Existem dezenas de funções que podem ser assumidas, desde que esteja preparado para reunir e entregar as competências e responsabilidades necessárias.
Por sua vez, competências essenciais, como comunicação, negociação, gestão de conflitos e inteligência emocional, são fundamentais para apoiar uma Carreira em W. Elas ajudam a lidar com situações de estresse, pressão e cobrança por resultados e você pode transitar entre gestão e ação com mais desenvoltura, uma vez que as emoções no trabalho ficam mais equilibradas, o relacionamento pessoal é favorecido e, com isto, avança-se com mais facilidade em direção a uma carreira de sucesso.
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