No seu livro “A Singularidade Está Próxima” (2005), Ray Kurzweil definiu a Singularidade como “o período futuro durante o qual o ritmo de mudanças tecnológicas será tão rápido e seu impacto tão profundo, que a vida humana será irreversivelmente transformada”.
A primeira grande tendência é usar as enormes quantidades de dados que já são coletados, seja por meio dos inúmeros wearables (dispositivos com sensores que “vestiremos”: relógios, pulseiras ou lentes de contato) capazes de coletar informações como batimentos cardíacos, pressão arterial, nível de atividade física, qualidade de sono e ondas cerebrais, revelando hábitos que podem ser usados para identificar e prevenir doenças.
Outro impacto tecnológico, é a Inteligência Artificial (IA) que consegue prever ataques cardíacos com 80% de precisão (versus 60% dos métodos tradicionais). A IA já está sendo aplicada no diagnóstico de doenças, na pesquisa de novos medicamentos e na escolha de tratamentos individualizados para os pacientes.
A genômica de consumo, com sequenciamento genético , permitirá “hackear” o DNA humano, prevenindo e tratando doenças, e estendendo o tempo de vida do ser humano. Na realização de um simples exame, as pessoas podem descobrir que têm uma predisposição genética e que, possivelmente, desenvolverão uma doença nos próximos anos. Com o diagnóstico antecipado, ela poderá agir para prevenir essa condição, mudando hábitos (alimentação e exercícios), ou “desarmando” o gene responsável pela doença.
A microbiologia também merece destaque. Menos de 1% dos genes presentes no corpo são do DNA humano. Os outros 99% são de bactérias presentes nos intestinos, boca e mucosas. O entendimento de como funcionam as interações entre essas bactérias e os demais órgãos, promete uma revolução no tratamento de condições como ansiedade, depressão, autismo, obesidade, esclerose múltipla e doenças inflamatórias.
No campo da neurologia, o uso de implantes e dispositivos conectados diretamente no cérebro estimularão e recuperarão movimentos em pernas e braços paralisados. Atualmente, empresas estão desenvolvendo tecnologias para conectar o cérebro humano com computadores. Em alguns anos, o neocortex cerebral será conectado com a nuvem, aprimorando e expandindo a inteligência humana.
Mesmo cm os inúmeros conhecidos problemas do país, já vemos um gama de empreendedores desenvolvendo e aplicando esse arsenal tecnológico, para expandir o acesso e melhorar a qualidade da saúde no Brasil.
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